NO FUNDO DO POÇO
Aos vinte e
seis dias do mês de dezembro, do ano 2005; logo após o natal ouvi um noticiário
que enfatizava um incidente com uma criança - ao caminhar em meio ao mato, a mesma, fez um atalho, no intuito de chegar ao local
onde o seu pai estava, vindo a cair em
um poço. O garoto não teve como se desviar do inesperado. Ficou no fundo do
poço – solitário, amedrontado e
desesperado.
Só Deus sabia onde ele estava.
Quanta
procura, desespero e, angústia nos
corações dos que o amavam e até mesmo de alguns que se comoveram com a situação
desesperadora.
Vieram
os bombeiros. Esforçaram-se na tentativa de encontrá-lo; busca vã. Por fim,
desistiram... Encerrando à busca.
Alguém não desistiu. Como por milagre,
enquanto gritava o nome do filho, o pai aflito o ouviu responder, com um fio de
voz, do fundo do poço. Ali, se encontrava a motivação de sua vida – do fundo do poço emanava o fim de sua
angústia; a valorização das coisas simples, que o Senhor nos concede, e que não conseguimos enxergar simplesmente, por
tê-las sempre ao nosso alcance.
Àquele
pai gritou: – É você, Pedrinho? – Sim, pai... tire-me daqui! Estou com medo... com sede e
fome.
O
poço era muito profundo. Media a altura de um prédio de quatro andares.
Pedrinho não sofreu nenhuma fratura, apenas, estava desidratado; um verdadeiro
milagre!
Quantos
se encontram no fundo do poço...
Sem
esperança; desnutridos e desprovidos de
fé. Com amarras invisíveis, esperando a
hora do último suspiro.
São presas,
acuadas pelas circunstâncias causadas pelos atalhos que fizeram em suas vidas;
em busca de soluções que, como tais, julgamos acontecer no nosso tempo, de acordo com nosso querer, a nossa vontade.
Há na música popular brasileira, uma letra que
diz: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
A
Palavra de Deus, porém, diz para não andarmos ansiosos por coisa alguma (Mt
6.25 ); ( Ec 3.1) Há um tempo determinado
para todo propósito embaixo dos
céus.
Quantas advertências recebemos ao longo das nossas
vidas, sobre o perigo dos nossos passos; das ações que nos levariam ao fundo do poço; no
entanto, as ignoramos.
No fundo do poço, não encontramos espaço, oportunidade, para agir e interagir.
É uma situação em que passamos só. Onde só Deus, certamente estará conosco. Ele tem que ser o nosso
equilíbrio; o centro, a meta. Obviamente,
só Ele, poderá nos livrar de tal situação.
Por mais força física que possamos ter, o poço é por demais profundo.
Humanamente
falando é impossível a saída.
Momento de reflexão: O garoto gritou: Pai
me tira daqui...!
No Evangelho
segundo São Mateus há uma passagem que diz:
“Qual o pai que vendo seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? E, pedindo- lhe peixe, lhe dará uma serpente ?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas
coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, deixará de
dar bens aos que lhe pedirem? ( Mt 7.
9-11 )
O pai do
garoto correu para livrá-lo dos seus medos. Queria, ansiosamente, acariciá-lo;
constatar, se o menino estava bem.
Pensei: Pai... Creio que És Deus e não carrasco, porque tantos estão no fundo do poço, clamando por
Ti, porém, continuam sem saída?
Respondeu-me o Senhor: “Estou mostrando a
corda, a saída, porém, muitos não a enxergam, ou não desejam enxergar.”
A corda é algo que Deus quer de cada um de nós. E o que Ele deseja
que façamos para agradá-LO é quase sempre
tão ínfimo... Porém, como nos
custa dobrarmo-nos à execução desse querer divino.
Costumo
dizer que, tudo deve ser como Deus quer, ou,
nada prosperará!
Deus não
se molda a homens; temos que nos
moldar a
Ele.
Clamamos,
clamamos... A corda, a saída está à
nossa frente, que possamos enxergar e
dar o primeiro passo. É preciso tomar uma atitude, não façamos com que o fundo
do poço torne-se mais fundo.
Que
possamos, a tempo, agir!
Texto IMPFAV / No Fundo do Poço.
MISSÕES É PRECISO!
Bpª Rogessi de A. Mendes
Presidenta da UNIÃO FEMININA ESTADUAL
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